A turma toda estava brincando de bola, o jogo não tinha lá muitas regras, mas a gente se divertia. Tinha horas que era queimada, e realmente a força na bola era muito forte, queimava. Tinha horas que jogávamos futebol, tinha chute na canela, alguns lances legais, algumas dribles bem feitos, alguns passes incríveis, e de vez em sempre rolava um cartão amarelo ou um vermelho. Quando era vôlei era legal passar a bola por cima da rede, ou por debaixo mesmo, o importante era a diversão, o riso solto, a gargalhada. Os pontos eram contados de maneira a usar todas as operações matemáticas, somava-se, diminuía-se, dividia-se ou multiplicava-se conforme avançava a brincadeira. Mas sem mais nem menos, do nada, chegou o dono da bola, e não satisfeito em ver a diversão e alegria alheia, pegou a bola e levou com ele, como uma criança birrenta e pirraçenta. Acabou com nosso jogo, acabou com a nossa diversão. Dá última vez que ouvi falar dos jogadores, eles ainda sem bola, perdidos no meio da quadra, só sabiam que iam um dia ficar velhos, mas a velhice já não brincava mais ali, e só por isso me senti aliviada, feliz. Game Over? Boninho, devolve a bola ou belem, belem, nunca mais fico de bem!!!
18/03/2009
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