Eu escolhi ser mãe, por isso eu não posso compreender as mulheres que jogam seus filhos no lixo. Mães monstro.
Como mãe eu só me sinto completa quando estou com minhas “crianças” ou quando sei que elas estão bem! Sem elas eu me sinto incompleta, por isso o meu presente de dias das mães é muito especial. A vida nos leva por caminhos que nem sempre escolhemos e certas circunstâncias nos levam a fazer alguns desvios, mas eu escolhi a maternidade e por isso pra mim o mais importante agora é encontrar o meu filho perdido.
Não posso me sentir completa sabendo que por ai existe uma criança que não sabe que eu sou sua mãe, que posso lhe dar carinho, amor, atenção e até alguns gritos (não posso prometer perfeição). Posso e quero educar, me dedicar a ela assim como me dediquei aos outros dois. Quero reparar os meus erros, me aproximar desta criança e lhe dar o melhor de mim. Tudo que eu quero é isso, encontrar meu filho perdido que eu nem sei se vai me perdoar por não ter tentado encontrá-lo antes, mas acho que tenho uma chance, preciso ter esta esperança de um encontro que pode ser difícil, mas não impossível!
Eu já falei sobre isso há muito tempo aqui em Marte, porém não tão abertamente e assumindo um filho perdido, porque na época eu não sabia, ou melhor, eu não entendia que tinha outro filho.
Este outro filho é aquele que faz a bagunça, que tira tudo do lugar e nunca coloca de volta, que suja a casa inteira, que faz coisas inacreditáveis como arranhar o azulejo novo do banheiro!
Se não fui eu, não foi o Guta, não foi a Gabi e não foi o Sam, e pela quantidade de coisas esquisitas que acontecem aqui em casa e que os dois sempre gritam em uníssono: NÃO FUI EU! Só pode ser alguém que more conosco e sendo assim só pode ser mais uma criança, um filho perdido que está merecendo uma surra! Ah! Se eu pego!
Feliz Dia das Mães!
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