Estamos em época de encontro em Marte, o mais interessante é que durante as nossas conversas, vamos nos encontrando, encontrando o outro, nos perdendo e nos achando, e tem algumas partes perdidas para sempre, assim como partes que nunca mais nos deixarão.
Apesar da séria dificuldade de Jana em se adaptar ao nosso idioma, e mesmo sem saber o motivo pelo qual eu e Gabi perdemos o sotaque mineiro e aderimos ao sotaque gaúcho sem um pingo de vergonha, a estadia de Janaína em BH vem sendo de aprendizado.
Aprendemos que a mão de Deus é implacável, que uma boa canelada é muito divertida, que eu não uso uniforme, tenho um bacheiro ou baxeiro, tanto faz, mas no Google é baixeiro.
Aprendemos que gaúcho desperdiça muito chimarrão, kkk, que é um chá até que muito gostoso, só que como Jana mesmo tem me ensinado, existe um trem de paladar e foi aí que achei o meu problema com o chimarrão, mas não com a novidade, todos nós experimentamos! Gostei, achei estranho e achei que faltou queimar e colocar açúcar, rsrsrs.
Aprendemos que capaz de gaúcho não é o mesmo capaz de mineiro e comer é uma vocação que quase todas nós temos, mas falar é um dom que todas adquirimos com ou sem tempo.
Aprendemos que Tú é igual a ocê e ensinamos a Jana que uai é uai, uai! Capaz!
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