Hoje tem o penúltimo episódio de No Limite, mas como meu limite com o programa chegou domingo passado, encerrei a minha participação mesmo como espectadora. Eu não sei o que aconteceu, eu gostava muito do formato do programa. Talvez seja o fato de que as crises de convivência ganharam muito mais ênfase no roteiro do programa que as disputas nas provas de resistência física. As intrigas e armações para eliminar os participantes ficaram em evidência e as provas físicas ficaram mais fracas. O que era um jogo de força e instinto virou um BBB com cenário de praia. O próprio Zeca Camargo parece ter se perdido e não tinha se achado até a última vez em que o vi. Embolou palavras, confundiu nomes, ficou olhando o vazio como se não soubesse o que estava acontecendo ali. Talvez seja a influência do Boninho. Como o Titio Bonifício (de fácil ele não tem nada) não me lê e eu não tenho nada a temer, eu posso abusar da sinceridade. Especialista
A mais nova ameaça é colocar mais mulheres, por quê? Porque mulheres competem muito mais que homens, elas competem entre si, e a amizade profunda fica rasa na primeira disputa pelos holofotes.
Quando começar a loucura, e falta pouco para isso, os escolhidos podiam entrar levantando as plaquinhas:
Negro, Bonitão, Gostosona, Caipira, Gay, Pansexual, Idoso e agora Gordinho. Não há uma escolha por pessoas, há uma escolha por rótulos.
Talvez muitas pessoas interessantes tenham perdido a oportunidade de participar por não preencherem os requisitos exigidos, ou não possuírem o rótulo correto, a etiqueta adequada. E nós perdemos a oportunidade de assistirmos a boas conversas, convivência e competição de alto nível.
Durante o programa as plaquinhas mudam de mãos, somos nós que as levantamos:
Chato, bobo, feio, isso, aquilo. O nível pode baixar bastante com adjetivos do tipo idiota, cretino ou elevar a um nível inimaginável, do tipo maravilhoso, fantástico, santo!
Mas quando acaba o programa é que a coisa fica pior, são beatificações, canonizações e disputas entre o bem e o mal, porém isso garante acesso para blogs e notinhas no Ego durante a entressafra.
Conduzindo a escolha dos participantes, Bonifício acerta mais do que erra e ele é muito bom em alimentar a loucura alheia. Eu fico pensando que ele deve rir muito da insanidade que toma conta da blogosfera e que muitas vezes faz um papel tão ridículo quanto o de alguns participantes, mas acaba ajudando um pouco no sucesso do programa na Internet.
Eu tenho tentado me manter bem distante deste tipo de discussão, eu estou muito ocupada tentando administrar a minha loucura para tentar ficar analisando a alheia.
Enquanto o Boninho escolhe, uns encolhem, outros se recolhem e alguns doidos se revelam. Eu? só espero e me divirto!
Pessoalmente eu gostaria de ver “gente” bonita na TV, porque se for pra ver gente feia eu vou pra frente do espelho!
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