Sr. Jorge assinando a sua obra prima, ele faz estes cavalinhos para doar em orfanatos.
Para uma festa em família ser perfeita é preciso um pouco de stress antes ou durante, talvez depois!
Assim que ligamos o carro já havia uma pergunta no ar:
Cadê Jorge? Onde está Jorge? Quem sabe de Jorge?
Sr. Jorge é meu sogro, tem 90 anos e dirige pela cidade inteira! Tente, só tente mandar Jorge fazer alguma coisa diferente do que ele quer fazer.
Quase uma hora em aflição, foi decidido sair à procura de Jorge.
Todos tensos, sem respiração, coração acelerado e o telefone toca, exatamente quando meu marido estava saindo para procurar por ele.
Se houvesse como gravar os sons de todos os corações daquela sala, seria gravado o silêncio. Foi uma conversa rápida, tensa. A pessoa que ligou disse que precisava falar com a filha do Sr. Jorge com urgência. O neto que logo se identificou perguntou se estava tudo bem, se ele estava bem.
As minhas pernas ficaram bambas, não havia um rosto que não demonstrasse desespero, medo!
Mesmo quando ouvimos que estava tudo bem com ele foi difícil relaxar. Ele estava perdido e pediu a um motorista de táxi que ligasse para sua filha e pedisse ajuda.
Quando ele chegou, trazido pelo filho e o neto, foi recebido com aplausos, gritos, beijos e abraços. Ele estava bem, nós estávamos vendo-o!
Sr. Jorge estava a dois quarteirões da casa da filha, ele não explicou muito bem o que aconteceu e ficou boa parte da noite tenso, mas mesmo assim, logo que conseguimos relaxar, rimos muito da aventura dele e fizemos várias piadinhas sobre o caso.
A festa da chegada do novo ano foi linda, mais de 15 minutos de fogos no céu chuvoso de BH!
Não sei se era o medo, mas rir foi fundamental o resto da noite.
E foi bom, foi divertido, foi engraçado e o melhor de tudo, Sr. Jorge está bem, completamente perdido, mas bem!
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