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16/08/2010



Uma das grandes vantagens de ter vivido mais “um pouco” dos que estão hoje na adolescência, além de não termos que nos preocupar muito com os hormônios, já que eles estão indo embora definitivamente, é ter um passado. Claro que não é um passado só de momentos de orgulho e grandes realizações, definitivamente tenho alguns grandes arrependimentos, mas nada que tenha mudado a minha vida radicalmente. Pra mim é muito bom saber que eu consigo simplesmente virar as costas, ir embora e continuar morrendo de rir.

Mas de vez em quando eu volto ao passado, ou o passado volta ao presente sem sequer ser convidado. Foi assim que o passado voltou mesmo sem ter seu nome na lista de convidados.

De repente eu fui parar em Ravena, uma cidade a 30 km de BH onde existe um sítio que frequentávamos quando eu ainda era apenas a Marise, tinha hormônios e me casei, ou seja, há séculos atrás.

Acho que os proprietários nem sabem que o chamamos o lugar de sítio do sapão e foi por causa de um sapo, eu acho.

E foi lá que eu tenho certeza absoluta de que engravidei da Gabi.

No meio do mato, no meio do nada, com cheiro de verde por todo lado. Lembro que naquele dia eu tive um apagão. Eu não desmaiei, eu apaguei por um segundo e ainda brinquei com os amigos que estavam nos acompanhando: acho que acabo de ficar grávida. Exatamente nove meses depois a Gabi nasceu.

Quando eu descobri que estava grávida do Sam já estava no meio do segundo mês de gestação. Meus pais estavam doentes e nós sabíamos o que era sofrer demais, optar por uma gravidez foi o modo que eu escolhi de manter minha sanidade, aquela que nunca tive, de continuar tentando ser feliz, dar continuidade na minha história. Quando contei ao meu médico a loucura que eu queria fazer ele achou normal e até incentivou!

Quando eu liguei para ele novamente algum tempo depois, querendo um pedido de teste de gravidez porque estava com sinusite e não queria tomar remédio sem saber se estava grávida, já que estava atrasada demais, ele falou que eu estava muito ansiosa, que depois de tomar pílulas por três anos, talvez meu organismo estivesse um pouco atrapalhado e por isso eu estava atrasada, mas que era para eu ficar calma, que eu ia conseguir engravidar se não pensasse muito no assunto. Mas eu já estava grávida e a cartela de medicamentos para sinusite ficou dentro da bolsa e depois foi para o lixo.

Confesso que eu fiquei três dias de boca aberta e meio abobada porque engravidei 15 dias depois de parar de tomar pílulas, mas nem por isso deixei de saber quem eu sou. Mesmo hoje sendo a Mamis, eu tenho certeza que nunca deixei de ser a Marise, bem, pelo menos é isso que está escrito na minha identidade e em todos os documentos na minha carteira. Se eu não for a Marise, por favor, me avisem! Estou usando a identidade de alguém!

Esta é a história de como eu virei Mamis de um casal. E o Nick veio do celular da Gabi. Quando eu ligo pra ela aparece Mamis, ou Polícia, ou aquela chata, depende de como vão as coisas entre nós. Mas mesmo sendo a maior parte do tempo Mamis e amiga, a Marise que existe dentro de mim também sente falta dos hormônios, talvez seja porque são a mesma pessoa e eu nunca consegui separar uma da outra ou a outra da uma.

Você também tem um caso grávido? Conta pra mim!





Fotos do Sítio, também em reforma!


 







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