BBB 11 cheio de novidades e se ontem eu dei dez pontos para o Boninho hoje estou pensando em tirar 9,5. Adorei a troca de participantes, mas trazer de volta quem saiu e não faz nem uma semana? Vou ter que tomar antipatia duas vezes da mesma pessoa no mesmo programa? Não é pedir muito de mim? Ele já divulgou o nome do casal que entra, vi na Globo.com e vi também a opinião da Diana.
What the fuck?
Como assim Bial? Explica de novo, por favor!
Eu acho que a Diana cometeu um engano, existem sim mulheres heteros, mulheres que ainda pensam em estudar, ter uma carreira profissional, casar e entrar na loucura da jornada tripla. E por mais difícil que seja a vida de uma mulher casada e com filhos, ainda existem pessoas que anseiam por isso, pela rotina, porque a rotina não é tão ruim, ela passa uma sensação falsa de segurança, mas uma sensação boa.
Eu não sei quando foi que a vida das pessoas e principalmente do programa passou a ser exclusiva a um item só, a sexualidade. Eu não fui criada nesta modernidade, mas sou uma pessoa aberta e resignada, converso sobre tudo e aceito as diferenças. Porém, me parece que esta bandeira que estão não só segurando, mas tentando fazer com que todos engulam está ficando pesada demais, é imposição demais, e tudo que é colocado de modo tão agressivo para que as pessoas aceitem, gera resistência.
Eu estou achando o programa ruim, não achei nenhum deles carismático, cativante ou interessante. Pessoas sem conteúdo, sem uma proposta de vida que não seja a tal bandeira erguida e o exibicionismo.
E para Diana eu só posso dizer que sinto muito, me perdoe, mas existem mulheres heteros sim e que são felizes assim.
“Tomei conhecimento numa manhã de domingo, quando fui ao jornaleiro e dei de cara com a manchete, que dizia: “Dee, a Safada, e Eu.” Impressionada, peguei o jornal e bastou uma passada rápida de olhos para ver que o nível de detalhes não tinha precedentes...
...Tive pena da Dee. Nunca tive pena de ninguém antes, e fiquei com vergonha de ser jornalista. Até o fato de eu conhecer o jornalista – Scott Jones, o neozelandês que namorei enquanto tentava não estar apaixonada pelo Damien – me envergonhou.
A idéia de ter que suportar uma exposição como essa me deu dor de barriga. Será que alguém é capaz de aguentar a honestidade de detalhes – e estou falando de honestidade de detalhes sórdidos, não de fingimentos leves – da própria vida sexual estampados na primeira página do jornal de domingo? Jesus, você não morreria?”
Texto extraído do livro “CHEIO DE CHARME de Marian Keyes, Editora Bertrand Brasil, 2010.
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