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23/03/2011

Romance e Big Fone Na Vida Real


Enquanto isso no BBB da Vida Real:

Big Fone:

Atendo o telefone do serviço que toca insistentemente:

- Marise. (Sempre digo meu nome, nem oi, nem alô, como é ligação interna apenas me identifico).

- Oi, diz a voz do outro lado. Por que você atendeu o telefone? Eu nem quero falar com você!

- Se você não quer falar comigo por que ligou no meu ramal?

- Não liguei no seu ramal não, não quero falar com você!

- Então eu vou desligar na sua cara.

- Duvido!

- Tu tu tu tu tu tu tu.

O ramal ao lado começa a tocar quase que imediatamente.

Bom demais ser o Boninho às vezes. Claro que meu colega que trabalha comigo há mais de 11 anos sabe muito bem que eu estava brincando e só disse que duvidava porque sabia que eu o faria na mesma hora.

Romance:

Eu conheci “Ella” como vamos chamar a minha amiga há mais de dez anos, talvez quinze. Não foi só o serviço que nos uniu, mas também uma característica em comum, somos duas sistemáticas que se tornaram amigas. Eu sempre achei Ella linda! Charmosa, encantadora! Doce no olhar, nas palavras e verdadeira, sincera, direta. Mas assim como o serviço nos uniu também nos separou. Eu fui trabalhar em outro setor, ela também, em lados diferentes da cidade, mas continuamos amigas. Ella corria atrás da felicidade, sempre contava dos seus romances, suas alegrias, suas despedidas, o coração que sangrava mais uma vez. Ella só queria ser feliz, ter sua família, amar, ser amada, coisas que nós mulheres sonhamos encontrar: a alma gêmea. Enquanto isso eu criava meus filhos, vivia, sofria, sorria e todas as vezes que conversava com Ella eu me surpreendia com suas expectativas, suas frustrações, suas alegrias. E eu queria que Ella fosse sempre feliz. O que pode se desejar a uma doce amiga?

Os anos foram passando e nos encontrávamos no corredor, no elevador, no MSN, mas sempre estávamos correndo, porém sempre tínhamos um minuto pra contar de nossas vidas. Eu vi Ella ser feliz, eu vi Ella ser triste, eu vi Ella sofrer quando sua mãe adoeceu gravemente, vi o brilho do seu olhar quando ela me contou que a mãe já estava bem! Eu não apenas via Ella, eu a sentia! Eu a sentia em suas palavras, mãos, olhos e um toque gentil, minha doce menina que procurava a alegria.

Ontem eu me encontrei com Ella novamente. No elevador, final de expediente e Ella me mostra a aliança no dedo! Uma aliança linda, mas o brilho dos olhos de Ella eram mais intensos que o ouro em seu dedo. Ella encontrou o que tanto queria. Amor!

Ella me contou o caso tão rápido como sempre nos encontramos.

Em meio a suas lágrimas Ella foi buscar ajuda espiritual para acalmar sua dor. Ouviu a palestra com o coração e pelo pouco que me contou, eu acho que ali, naquele dia ela se apaixonou. No princípio os dois temiam se envolver, sofrer, magoar um ao outro, mas o que Deus uniu o homem não separa e foi impossível para os dois fugirem deste amor. Em menos de um ano Ella já está noiva, com um parceiro de casa e de vida e planejando o casamento.

Eu a abracei e lhe disse: Eu estou muito, muito feliz por você!

Ela foi para um lado e eu fui para o outro. Desci a avenida no compasso do rock que vinha dos fones de ouvido, eu sorria, eu não conseguia parar de sorrir, como é bom ficar feliz pela felicidade dos outros!

 







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