Pronto!
Parei!
Não sei brincar, não vou mais descer pro parquinho.
Vou pegar meu brinquedinho, minha nave e vou pra casa ficar quietinha.
Eu não quero mais brincar. Se eu fosse a dona da bola eu levava ela embora.
Eu não quero brincar de amiguinha. Eu não quero a Fabiana na minha turma.
Eu tenho medo de que uma hora ela me dê uma pescoçada ou uma topetada e me deixe aleijada.
Eu não quero mais brincar com a Fabi porque ela é mãe e eu tenho medo de mãe que é assim, que o filho vê pela TV em pleno BBB!
Eu tenho medo dela, do marido dela, do regime aberto em que eles vivem e tenho medo dela até no Facebook. Clica aqui que o Ego explica!
Eu não quero mais brincar com ela porque ela é do tipo que chora, faz coração com as mãos, ama as pessoas, é companheira, quer ganhar um carro, não por ela, mas pelo filho.
Ela é cheia de qualidades e bem, eu tenho medo de gente boa demais, correta demais, íntegra demais, amiga demais, teatral demais, jogadora de menos.
Eu não quero mais brincar com ela porque enquanto ela arruma o topete e se maquia ela esconde quilos de mentiras.
Eu nem sei se eu quero continuar brincando de BBB.
Sabe por quê?
Porque as pessoas procuram e acham virtudes, perfeições, estrelas brilhantes que indicam o caminho da retidão em pessoas que só de terem coragem de entrar em um programa como o BBB visando apenas aparecer e acontecer, pra mim, já se perderam no caminho. Pessoas que se acham boas o suficiente para ser um vencedor de reality show.
Não vou brincar na praia, não gosto de areia, não gosto do sal e sou mineira, um pezinho de mar e já estou pronta pra afogar!
Eu não gosto de selva, de mosquitos, de natureza sem inteligência e tecnologia, mas se for pra escolher um lado, eu escolho o lado que se entrega, que voa e se joga sem paraquedas, erra mais do que acerta, tem o ego inflado, porque quanto mais alto é o salto maior é a queda!
Ninguém quer deixá-los voar pra gente os ver se arrebentar, por isso não vou mais brincar.
A Fabi fica e brinca sozinha.
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